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Notícias falsas sobre câncer preocupamNotícias falsas sobre câncer preocupam

Publicado em 21/01/2019, Por Assessoria de Imprensa CTCAN

As notícias falsas, também chamadas de fake news, têm sido propagadas em muitos meios, especialmente na Internet. Muitos leitores acabam sendo vítimas destas informações falsas em redes sociais, sites de busca e aplicativos de mensagens, entre outros. O Ministério da Saúde lançou, em 2018, o serviço de combate às fake news, por meio de canal no WhatsApp. O câncer está entre os temas preferidos dessas notícias falsas, que são um grave problema, pois envolvem doenças que matam milhões de pessoas todos os anos.

Desde o lançamento do canal, em agosto de 2018, o Ministério da Saúde recebeu cerca 4 mil mensagens sobre diversos temas, sendo quase 900 fake news. Tratamentos milagrosos para doenças graves como câncer, sem nenhum respaldo científico, estão entre os temas preferidos. Para o oncologista clínico do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN) de Passo Fundo, Dr. Alvaro Machado, o câncer é um assunto chamativo e muito importante no ponto de vista da saúde das pessoas. “O câncer é a segunda causa de morte da população brasileira, com tendência de ser a causa líder já na próxima década. Todos nós temos um parente, um amigo ou vizinho que enfrentou ou está na luta contra o câncer. Notícias e anúncios de cura sobre essa doença despertam imensa curiosidade e vontade de compartilhar”, comenta Machado.

Informações sobre câncer e outras doenças são procuradas pelos pacientes na internet. “Hoje tudo é buscado na internet, desde pizza até o diagnóstico ou tratamento de uma doença. A internet é uma grande aliada na busca de informação, pois democratiza o acesso. Ao mesmo tempo, não impõe qualquer tipo de filtro ou credibilidade ao conteúdo. Na saúde não é diferente. Temos as campanhas contra vacinação baseadas em informações sem qualquer base científica e divulgação de terapias as mais absurdas possíveis, principalmente contra o câncer”, ressalta o oncologista do CTCAN.

Tratamentos alternativos de cura ao câncer, não provados, são assuntos comuns destas fake news. Água quente de coco, limonada quente, chá de folhas de graviola, entre outras, são algumas das notícias falsas que chegaram ao canal do Ministério da Saúde, que ressalta que não existe alimento específico ou milagroso para a prevenção e/ou cura do câncer. “Pacientes que optam pela terapia não-provada em substituição ao tratamento convencional terão sérios prejuízos com recidivas do câncer e morte precoce. Aqueles que optam por fazer ambos os tratamentos podem estar alterando a eficácia ou segurança do tratamento convencional por competição ou sinergismo metabólico da terapia não-provada com a medicação convencional, além de aumentar os custos de seu tratamento”, destaca Machado.

O oncologista esclarece ainda que esses tratamentos “alternativos” diferem das terapias complementares, que são benéficas ao paciente. “Estatísticas dizem que metade dos pacientes com câncer utilizam em algum momento tratamentos alternativos, não provados. Este é um comércio de muitos milhões de reais. Cabe um esclarecimento e alerta. Terapias não-provadas, popularmente conhecidas como ‘alternativas’, podem ser deletérias para a saúde. Diferente de terapias complementares ou integrativas que desempenham importante papel na manutenção da saúde, da funcionalidade e do bem-estar do paciente, como psicoterapia, fisioterapia, nutrição, acupuntura, meditação, ioga, exercícios físicos, e muitos outros”, esclarece o oncologista.

Muitas pessoas compartilham informações sem o devido cuidado. O médico alerta para a consulta em fontes oficiais. “Existem informações muito confiáveis na internet. Nós médicos procuramos informação na internet. Mas é preciso selecionar a fonte, ter senso crítico. Recomendo sempre buscar informação nas sociedades médicas, nas universidades, revistas científicas de alto padrão, hospitais e clínicas de referência e, principalmente, com seu médico de confiança. Na dúvida, ouça uma segunda ou terceira opinião. Sua saúde vale este cuidado”, enfatiza Machado.

As notícias analisadas pelo Ministério da Saúde estão disponíveis no endereço: saude.gov.br/fakenews. Qualquer cidadão pode enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de compartilhar. O número é (61) 99289-4640.




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