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Instagram é a rede mais prejudicial à saúde mental do usuário, diz estudoInstagram é a rede mais prejudicial à saúde mental do usuário, diz estudo

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Publicado em 06/08/2019, Por Olhar Digital

Com mais de um bilhão de contas cadastradas, o Instagram é uma das principais redes sociais do mundo e a mais prejudicial à saúde mental dos usuários, de acordo com o estudo da instituição Royal Society For Public Health. Mas por que a plataforma, que era considerada um passatempo, tornou-se vilã para o psicológico dos próprios utilizadores?

Em maio deste ano, a entidade de saúde pública do Reino Unido entrevistou 1.479 pessoas, de 14 a 24 anos, e constatou que 90% delas utilizam redes sociais. Para esta parcela, o Instagram é a plataforma que mais influencia o sentimento de comunidade, bem estar, ansiedade e solidão, seguido das redes Snapchat, Facebook, Twitter e YouTube, respectivamente.

Dados da Pew Research Center de 2018 mostram que jovens adultos são os usuários mais ativos no Instagram: 64% das pessoas entre 18 a 29 anos possuem uma conta. Segundo o especialista em comportamento digital e sócio da SEVEN Grupo Digital, Thiago Valadares, a exposição dos jovens na web é intensa. “O jovem produz muito mais conteúdo e tende a usar a ferramenta de maneira excessiva, consequentemente ele fica muito mais exposto às emoções”, explica.

O publicitário Lucas Alves, 28, sentiu na pele os efeitos negativos do Instagram. Ele possuía uma conta ativa desde 2012 e chegava a passar até cinco horas por dia procurando conteúdo. Dentre as preocupações, postar fotos era uma delas. Ele lembra que começou a perceber isso quando viajava, porque já arrumava a mala pensando em como iria ficar a foto e a postagem.

O sentimento de comparação era constante, mesmo com o mural repleto de fotos. “Eu via ali só as viagens legais das pessoas e isso começou a me deprimir, mesmo sabendo que aquilo não era 100% real. A impressão era que minha vida estava num momento ruim, e no feriado de 1º de maio, eu decidi deletar o perfil”, conta Alves.

Além da comparação constante e a necessidade de se mostrar ao outro, soma-se um terceiro sentimento comum perseguido pelas pessoas – o perfeccionismo em relação às próprias fotos. Segundo o pós-doutor em psicologia e professor da Casa do Saber Roberto Fernandes, muitos indivíduos fazem postagens para que o outro confirme sua vivência. No entanto, ele revela que esse fenômeno não surgiu com as redes sociais, elas apenas funcionam como meio de ampliar e alimentar o sentimento narcísico das pessoas. “O Instagram está muito ligado à necessidade de espelhamento. Não basta viver, você precisa que o outro veja”, esclarece o psicólogo.

 

“Vida de Instagram”

Um feed com diversas fotos de viagens, cabelo sem frizz, e às vezes, até com um céu mais azul, é um cenário bastante frequente. A prática é tão recorrente, que a expressão “vida de Instagram” tornou-se comum para falar sobre perfis que aparentam ter a vida perfeita.