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Planeta perdeu 68% dos animais selvagens em 46 anos, diz estudoPlaneta perdeu 68% dos animais selvagens em 46 anos, diz estudo

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Publicado em 11/09/2020, Por R7

Desde 1970, as populações de animais selvagens estão em "queda livre" de acordo com relatório da WWF (Fundo Mundial para a Natureza), divulgado na quinta-feira (10). Segundo a ONG, as populações globais de mamíferos, pássaros, anfíbios, répteis e peixes sofreram uma taxa de declínio de dois terços nos números de indivíduos.

Mudanças no uso do solo e tráfico de animais selvagens, podem deixar o planeta mais vulnerável as novas pandemias, segundo o Living Planet Report 2020.

Na América Latina a situação é apontada como especialmente crítica, com perdas de mais de 90% das populações de peixes, anfíbios e répteis. Ainda de acordo com o relatório produzido em parceria com a Sociedade de Zoologia de Londres, cerca de 75% do solo e 40% dos oceanos foram degradados pela ação humana.

Os principais vilões apontados pelo estudo foram a expansão da produção de carne bovina, e monoculturas, como soja e óleo de palma

"O estudo destaca como a crescente destruição da natureza pela humanidade gera impactos catastróficos não apenas nas populações de vida selvagem, mas também na saúde humana e em todos os aspectos de nossas vidas”, disse Marco Lambertini, diretor-geral da WWF.

O estudo também apontou declínios alarmantes de algumas espécies. Populações de elefantes africanos diminuíram 98% entre 1985 e 2010, muito por causa do crescimento da caça em regiões do continente africano.

A caça ilegal também vitimou 87% da população de gorilas em reservas orientais da República Democrática do Congo, entre 1994 e 2015.

O relatório rastreou 21.000 populações de 4.000 espécies de vertebrados, para chegar aos números. Foi levado em conta a diminuição da quantidade de indivíduos dessas populações, e não a extinção de espécies.

As crescentes mudanças climáticas e o despejo indiscriminado de lixo em locais de natureza também acentuam a queda de populações selvagens.

A WWF sugeriu a tomada de ações urgentes e ousadas para reverter esse quadro global até 2030, embora reconheça que não será fácil. "Nossa própria sobrevivência depende cada vez mais disso", completou Lambertini.

(FOTO: PIXABAY)