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Diminui ritmo de mortes e internações por coronavírus no RSDiminui ritmo de mortes e internações por coronavírus no RS

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Publicado em 15/08/2020, Por GaúchaZH

Os últimos dias trouxeram um pouco de alívio aos gaúchos no combate à pandemia de coronavírus. Depois de um longo período de crescimento acelerado no número de pacientes graves e de óbitos, a covid-19 deu indícios preliminares de uma possível estabilização nesta semana no Rio Grande do Sul.

A média de novas mortes calculada para os sete dias anteriores caiu 14% na sexta-feira (14) em comparação com o período anterior e confirmou uma tendência de desaceleração iniciada na terça-feira (11).

Especialistas alertam que o prazo de análise ainda é curto para tirar conclusões de que o Estado estaria passando pelo pico da doença. Também será preciso acompanhar o eventual impacto de recentes flexibilizações nas regras de isolamento social sobre o grau de contágio para verificar em que direção apontará a curva epidemiológica.

Por enquanto, depois de semanas de crescimento na média móvel de óbitos (assim chamada porque sempre leva em consideração os dias anteriores), de segunda para terça-feira esse número recuou de 57 para 53 e, desde então, segue em declínio. Nesta sexta, chegou a 49,8 (veja gráfico com os dados completos).

— Nos últimos dias, estamos vendo uma recente tendência de estabilização de óbitos, mas o período ainda é pequeno para fazermos afirmações mais categóricas. Um eventual atraso nas notificações ainda poderia trazer oscilações importantes — analisa o epidemiologista Ricardo Kuchenbecker, gerente de Risco do Hospital de Clínicas.

As internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ainda aumentam no Estado se for considerada a soma de pacientes em atendimento, mas Kuchenbecker observa que isso pode ser provocado pela demora que a covid-19 impõe para os portadores do vírus terem alta. Um indicativo mais preciso do andamento da pandemia seria verificar o número de novos pacientes em tratamento intensivo a cada dia.

Nesse caso, há indícios de desaceleração. A média móvel calculada sobre a variação diária na quantidade de internações, e não sobre a soma dos doentes, confirma uma menor pressão sobre o Estado — cenário que pode ser revertido em caso de aumento nas contaminações. Por esse critério, a média diária de acréscimo nas internações ficou em 2,3 nos últimos sete dias, contra 3,9 no período anterior.

O número de casos, diferentemente das mortes e internações diárias, segue em elevação no Rio Grande do Sul. Mas esse indicador, conforme Ricardo Kuchenbecker, pode estar relacionado a um maior nível de testagem adotado nos municípios gaúchos.

FOTO: ISADORA NEUMANN / AGENCIA RBS